Já não sei o que fazer!

Estou a entrar em parafuso!

Mais uma vez, entrou uma andorinha pela casa a dentro, a janela do quarto da minha mae estava semi-aberta, só estava um bocadito de nada para arejar pois já não a abrimos toda porque sabemos o que acontece!

Estava eu a almoçar quando ela entra pela cozinha a dentro e se vai pôr no varão da sala, a sorte é que os cortinados tinham ido para arranjar se não via o caso mal parado!

Andei uns bons 10 minutos atrás dela, quanto mais me mexia mais ela fazia pior até que entrou para um dos quartos, aí eu fechei a porta com um olhar serrado, ela viu e fugiu para o guarda-roupa que estava incrivelmente aberto, pensei, é agora que me passo da cabeça, mostrou resistência mas depois da janela aberta largou asas e voou até ao céu infinito!

O candeeiro da minha rua que fica mesmo em frente à minha casa tem manhas!

Ora acende ora não acende, pensamos nós que já sabemos o horário dele quando o candeeiro nos volta a surpreender!

Ontem cheguei a casa e queria desesperadamente abrir a porta mas não encontrava a chave ora o candeeiro não estava ligado, lá tive que usar a luz do telemóvel para encontrar a maldita chave...nada feito...tive que bater à porta...conclusão a chave estava do outro lado da fechadura!

Mas como eu estava a dizer, o raio do candeeiro só funciona quando lhe apetece, os outros acendem atenpadamnete aquele é só quando lhe apetece!

Que raio

Saudades de quando eramos pequenas,

saudades de passar grandes temporadas em Lisboa

saudades de brincar contigo

saudades de quando me fazias rir e o iogurte me saia pelo nariz

saudades de quando iamos a meio da noite buscar bolachas

saudades das nossas conversas que se fossem profundas metia-nos a chorar se fossem banais metia-nos a rir que nem umas malucas

saudades de dizer-mos coisas ao mesmo tempo

saudades de estarmos à mesa e não podermos olhar uma para a outra se não era um fartote de rir

saudades de quando me telefonas para desabafar

saudades de cantar para as couves e feijões, era isso que faziamos quando cá vinhas visitar os meus avós

saudades da cuca, era o montro que nos fazia esconder

saudades de nos tratarmos por diminutivos

são tantas saudades que apertam o coração, já somos crescidas, tu estás quase a entrar nos 18 anos...como o tempo passa miuda!

Acordo com um sol do caraças, tenho a mania de não baixar os estores e depois admiro-me!

Como estava a dizer, acordo com uma luz dentro do meu quarto que o faz brilhar tanto que até me custa abrir os olhos, meto-me debaixo dos cobertores e adormeço, passado um tempo não sei precisar bem ao certo acordo com o som da chuva a cair, caía de tal forma que eu já não consegui dormir mais...será que sonhei com o sol? É que neste exacto momento está a chover e está um céu assustador!